Governo estuda Caixa como operadora do VR para reduzir preço de alimentos, diz portal

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria analisando um conjunto de 10 medidas para combater a alta nos preços dos alimentos, que inclui propostas como a redução do custo das transações eletrônicas, a antecipação da nova cesta básica, a venda de medicamentos em supermercados e estratégias para diminuir o desperdício. As informações são do portal UOL.

As sugestões foram apresentadas pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em uma reunião com Lula, realizada em 21 de novembro, e desde então têm sido discutidas com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que essas propostas formam a base das ações que o governo pretende implementar. Costa gerou polêmica ao mencionar uma “intervenção” nos preços dos alimentos, uma abordagem que, segundo o UOL, não estaria sendo considerada nas discussões atuais.

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A Abras, representada pelo seu presidente João Galassi, enfatizou a necessidade de reduzir custos, afirmando que “não temos condição de discutir câmbio ou juros, mas temos uma linha de despesas que só sobem e podemos reduzir isso”.

Uma das propostas que tem gerado debates é a transformação da Caixa Econômica Federal em operadora dos programas de vale-refeição e vale-alimentação, com o objetivo de eliminar a participação de instituições financeiras que atualmente lucram com essas transações.

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Galassi revelou que as margens de lucro dessas operadoras variam entre 6% e 10%, um percentual que, segundo ele, acaba sendo repassado aos preços dos alimentos, impactando diretamente os consumidores.

Outra sugestão, que, segundo o UOL, enfrenta resistência, é a adoção do sistema “Best Before”, que visa reduzir o desperdício de alimentos ao permitir a venda de produtos após a data de validade, desde que não representem riscos à saúde.

Essa medida, já utilizada em outros países, poderia potencialmente diminuir os R$ 4,3 bilhões em alimentos que são descartados anualmente no Brasil, com estimativas de que R$ 2 bilhões poderiam ser economizados.

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Nesta quinta-feira (23), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que o governo não cogita alterar o sistema de datas de validade dos alimentos para reduzir os preços desses produtos.

Além disso, a Abras propõe a venda de medicamentos sem receita em supermercados, o que poderia resultar em uma redução de 35% nos preços dos remédios.

Também está em discussão a antecipação da nova cesta básica, que inclui a desoneração de produtos como carnes, embora essa medida envolva renúncias fiscais em um momento em que o governo busca cortar despesas.

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Outras sugestões incluem isenção de impostos para doações de alimentos e a flexibilização de contratos de trabalho, visando estimular a contratação de jovens e pessoas acima de 60 anos.

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