Sidônio diz a petistas que 'começou o 2º tempo' e que 'motor do conteúdo' é Lula

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O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Sidônio Palmeira, afirmou a petistas nesta quinta-feira (23) que "já começou o segundo tempo", em alusão à segunda metade do mandato de Lula (PT), e que o presidente deve ser o "motor do conteúdo" da comunicação do governo.

O ministro afirmou ainda que o Executivo precisa vencer o debate em 2025 e que "tudo o que for plantado é preciso ser divulgado e chegar na ponta". Em um seminário virtual promovido pelo PT, o ministro informou que o formato de comunicação do presidente nas redes sociais será mudado.

Segundo ele, essas mudanças já estarão perceptíveis em breve. Ele disse que a interação do governo nas redes será contínua e que, a partir de agora, haverá uma "comunicação segmentada e regionalizada" para alcançar as pessoas em todas as partes do país.

Em outro momento, afirmou que haverá "um acompanhamento de todas as ações do governo" que serão divulgadas "de forma instantânea". "A nossa compreensão é que as redes sociais precisam ser contínuas, constantes. Não vamos ficar fazendo de campanha em campanha na televisão."

O ministro afirmou que Lula "tem um estilo e se comunica com mais facilidade" e está "com muita disposição, querendo falar, explicar e fazer diferente". "E a gente pode repercutir tudo. É preciso engajar, curtir, compartilhar", afirmou.

O novo chefe da Secom disse que o governo precisa ter uma marca e que é preciso que todos os ministérios tenham visão de coletivo, para poder falar sobre todas as ações promovidas pelo Executivo, mas que há um entendimento de que Lula é "o motor do conteúdo". "É dali que sai tudo", disse.

Ele disse ainda que é preciso "ter uma voz uníssona" para o enfrentamento das notícias falsas e que "esse governo é muito maior do que a mentira".

Sidônio reconheceu falhas na comunicação e disse que o segundo tempo já começou. "O que o governo fez é muito maior que a percepção popular. Ainda tem uma percepção popular abaixo da gestão. Portanto, precisamos aumentar o entendimento e fazer com que isso chegue na ponta."

O seminário sobre comunicação e combate às fake news ocorre como resposta à disseminação de notícias falsas sobre a taxação de operações via Pix.

Sidônio citou esse caso afirmando que a melhor maneira de enfrentar as fake news é "sair na frente". "Tudo que sai na frente, a possibilidade de ganhar a narrativa é maior. Não temos que correr atrás da fake news, temos que informar primeiro", disse.

O ministro recomendou que fake news não sejam reproduzidas ou encaminhadas e que o foco deve ser "notícias positivas".

Também participaram da mesa a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o secretário de comunicação do partido, Jilmar Tatto (SP), e o futuro líder da bancada da Câmara, Lindbergh Farias (RJ).

Em sua fala, Gleisi afirmou que é preciso fazer o embate político por meio da comunicação e que "a extrema direita tem mais experiência e vivência nas redes".

"Sabemos que as redes não são neutras e não são éticas, os algoritmos são dirigidos, mas isso não pode nos desanimar. Se a gente tiver centralidade de ação, a gente pode dar muita potência à nossa voz. E jamais vamos cometer os crimes que a extrema direita comete."

Em outro momento, Gleisi disse não ter dúvidas de que "temos tudo para ganhar essa batalha, para ganhar a eleição de 2026". "É só a gente organizar um pouquinho e potencializar quem nós somos e o que nós já fazemos."

Lindbergh disse que a direção nacional do partido está articulando uma rede que conecte todos os vereadores, deputados estaduais, federais e senadores para coordenar essa comunicação.

"Em momentos de crise, temos que centralizar, passar uma mensagem para conseguir combater as fake news. Ideia é fazer um trabalho mais coordenado e centralizado", disse.

Ele afirmou ainda que a comunicação de Lula "tem limites" pelo cargo institucional que ocupa, mas que o partido e seus militantes podem "fazer o debate mais livre, atacando a extrema direita".

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