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Geração Z na chefia? Ainda não
As diferenças entre os millennials e a geração Z nem sempre são claras, mas uma delas foi identificada em pesquisa da consultoria Kairós.
A geração Z, mais jovem, está levando mais tempo para chegar a posições de comando nas empresas.
↳ Em 2008, os jovens de até 27 anos ocupavam 7,67% das vagas de chefia no Brasil. Já em 2022, ocupavam metade dessas posições: 3,89%.
O que explica: o envelhecimento da força de trabalho, com mais pessoas em cargos de chefia, e as características próprias de cada geração.
De acordo com a pesquisa, a geração Z não coloca como meta pessoal alcançar um posto de comando, ao contrário das gerações anteriores.
Também influenciam:
- Maior valorização da qualidade de vida;
- Menor fidelidade ao cargo;
- Menos valorização da ideia de ascensão rápida a qualquer custo.
Quem é quem. Para comparar os dois grupos, o levantamento considerou o recorte de 16 a 27 anos em 2008 e 2022.
Assim, a geração millennial inclui os nascidos entre 1981 e 1995, enquanto a geração Z reúne os nascidos entre 1996 e 2010.
Em artigo de opinião na Folha, Ana Carolina de Almeida, vice-presidente de educação social da Fundação Dom Cabral, defende que a maior inclusão da geração Z pode aumentar a produtividade. Leia aqui.
- O total de jovens com trabalho formal subiu 3,8% no período desses 14 anos, de 10,6 milhões para 11,04 milhões.
Mais troca de empresa? Um dos estereótipos da geração Z é de que ela troca mais de emprego do que as gerações anteriores. Uma pesquisa da plataforma Gupy confirma a impressão.
Jovens entre 18 e 24 anos ficam, em média, nove meses em uma empresa, contra dois anos de permanência média nas gerações anteriores.
Apenas 35% da geração Z afirma ter trabalhado em apenas uma empresa por cinco anos.
Entre os baby boomers (nascidos de 1945 a 1964), essa fatia sobe para 62%.
↳ O setor com mais demissões voluntárias é o de tecnologia, com 7% de desligamentos. Em seguida vêm o varejo e atacado, com 4,6% de pedidos de demissão.