'Gato' na recarga e bateria: carro elétrico também vira alvo dos bandidos

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"Antes, os carros a combustão precisavam sair das favelas para abastecimento, o que permitia à polícia e às empresas de rastreamento recuperá-los com maior facilidade. No entanto, com a instalação de estações de carregamento improvisadas dentro dessas áreas, os veículos elétricos podem permanecer escondidos por mais tempo, dificultando a ação das autoridades e servindo de meio de transporte interno".

Além disso, o roubo de energia elétrica, conhecido popularmente como "gato", permite que os criminosos carreguem os veículos de forma gratuita, aumentando ainda mais a viabilidade de manter esses carros nas áreas controladas pelo tráfico.

Operação policial no Complexo da Penha

Essa tendência já foi flagrada pelas autoridades. Em março de 2023, uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, revelou a extensão desse problema. Durante a ação, os policiais apreenderam dois veículos elétricos de luxo — um Volvo e um BMW — que estavam sendo utilizados por traficantes da região.

Um dos carros foi encontrado sendo recarregado através de um "wallbox" instalado de forma clandestina em uma viela, com conexão direta a uma rede elétrica irregular.

Essa operação destacou um novo modus operandi dos criminosos: a adaptação da infraestrutura local para suportar e esconder veículos que, até então, não faziam parte do cenário usual dos roubos de carros.

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