Gastos públicos emperram o país

há 2 dias 1

São vários os ralos pelos quais escoam o dinheiro público. Dentro de cada gasto ou política pública - bom(a) ou ruim - há economias a serem realizadas. A coalizão de veto que se formou em torno do tema do ajuste fiscal é danosa ao país e precisa ser combatida.

Esse conluio inclui setores da sociedade, do Congresso, dos partidos e do próprio governo. Alguns movidos por ideias ultrapassadas, que podem ser resumidos na busca por uma espécie de moto perpétuo. O gasto seria o motor permanente para crescer. Mas há também os interessados puramente em manter o status quo benéfico aos seus objetivos individuais.

Quando se fala em alterar os gastos sociais, ato contínuo, os críticos são denominados vendidos a este ou àquele grupo, diz-se que estão a serviço do mercado ou coisa que o valha. Desmonta-se, assim, há anos, qualquer iniciativa séria de controle das despesas públicas.

O mesmo ocorre quando apontamos o dedo para os gigantescos gastos tributários, para os salários exorbitantes de setores do serviço público, sobretudo no Judiciário, ou ainda para os subsídios financeiros e creditícios do Orçamento geral.

Ninguém quer mexer no seu quinhão. Mas um ajuste fiscal socialmente justo e economicamente eficaz precisa cuidar de todas essas questões. Não pode mais haver a proteção dos que batem às portas de Brasília para garantir suas benesses. Todos precisam colaborar.

Ora, o déficit público, incluindo estados, municípios, governo federal e estatais, totalizou mais de R$ 1,1 trilhão no acumulado em 12 meses até novembro. Essa conta já contempla os juros da dívida, vale dizer. Estamos falando de um déficit de 9,5% do PIB. Logo, logo chegará aos dois dígitos.

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