Como jogador de futebol, Raí Souza Vieira de Oliveira comandou as equipes por onde passou e vestiu a braçadeira de capitão da seleção brasileira. Como ativista, subiu em palanques e discursou até em francês para multidões.
O papel de líder e a habilidade de falar em público podem parecer naturais, mas eram impensáveis para um garoto que, durante a infância, não conseguia nem ler trabalhos escolares em voz alta. "Eu tremia quando chegava a minha vez", relembra o hoje ídolo do São Paulo e do PSG.
Foi o esporte, diz ele, que conduziu a mudança radical de comportamento. "Eu sempre digo que minha timidez era quase doentia. E o fato de eu me sentir bem em um espaço esportivo, isso me ajudou nas relações humanas", afirma na CasaFolha, na primeira vez que oferece aulas online.
Raí estreia na plataforma de streaming no dia 20 de fevereiro, com o inédito curso "Mentalidade de atleta: do esporte para a vida". Ele se junta a outros grandes nomes da CasaFolha, como o cineasta José Padilha, que fala sobre a arte de contar histórias, a Monja Coen, que ensina meditação, e o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisa a economia.
Todas as aulas podem ser vistas em casafolhasp.com.br. Para acessar, é preciso ter uma assinatura da plataforma, que pode ser feita em casafolhasp.com.br/assine. Quem já é assinante da Folha não precisa de uma nova assinatura; basta fazer upgrade em condições especiais em casafolhasp.com.br/upgrade.
Em seu curso, Raí revisita sua carreira e mostra como é a mentalidade de um atleta profissional. A ideia, diz o craque, é "adaptar isso a não importa qual atividade. Adaptar os aprendizados que eu tive de trabalho em equipe, de gestão de crise, de adaptação a ambientes e culturas diferentes, de liderança".
"A gente vai passar um pouco por todas essas experiências que o esporte nos dá. O que todo mundo vive em uma carreira de 40 ou 50 anos, o esportista tem que viver em 10 ou 15. Então é tudo muito intenso", afirma.
No seu caso, vencer a timidez foi apenas um dos aprendizados. A ele se somaram inúmeros outros, entre os quais a disciplina, a motivação, a resiliência diante de desafios e a capacidade de administrar a pressão nos momentos mais decisivos —todos temas que ele aborda em seu curso na CasaFolha.
Raí sempre se deu bem nos esportes. Incentivado pelo pai e movido por uma paixão inata, ganhou sua primeira medalha ainda pequeno, com o título de vice-campeão paulista na categoria dos 12, 13 anos. Em casa, era de goleiro que brincava, atirando-se em cima da cama.
Até que percebeu que, assim como Sócrates, um de seus cinco irmãos mais velhos, destacava-se muito como jogador de linha no futebol. "Essa descoberta do meu talento para o futebol marcou a minha vida", conta. O resto é história.
Começou no Botafogo de Ribeirão Preto, cidade em que nasceu, no interior de São Paulo. Profissionalizou-se aos 18, teve uma rápida passagem pela Ponte Preta e, aos 22, recebeu a convocação da seleção brasileira pela primeira vez —antes de vestir a camisa de um clube grande.
Em 1987, assinou contrato com o São Paulo, onde venceu um título atrás do outro e marcou gols decisivos. Em 1993, migrou para o PSG, clube que ajudou a erguer e que o reconhece como grande ídolo até hoje. Voltou ao São Paulo em 1998 e se aposentou aos 35 anos.
Sempre procurando se reinventar, nos últimos anos de carreira, Raí lançou a Fundação Gol de Letra, ONG dedicada à promoção da educação integral de crianças, adolescentes e jovens por meio do esporte e da cultura.
Em 2006, ao lado de ex-craques de diversas modalidades, fundou a Atletas pelo Brasil, uma associação que advoga pela melhoria do esporte e luta por avanços sociais.
Na CasaFolha, Raí também explora essa experiência acumulada depois que deixou os gramados.
Seu curso exclusivo integra, dentro da plataforma de streaming, a recém-lançada jornada "Alta Performance", que reúne personalidades ligadas ao esporte de elite para tratar de temas como disciplina, motivação, liderança, trabalho em equipe, equilíbrio sob pressão e mentalidade vitoriosa.
No dia 30 de janeiro, houve a estreia do curso "Ironman e a superação dos limites", com Fernanda Keller, triatleta brasileira mais bem-sucedida de todos os tempos e primeira pessoa da América Latina a ter seu nome incluído no Hall da Fama do Ironman mundial.
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