Fred Trajano, do Magalu: Com juros altos, desafio não é vender, é dar lucro

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Como ser à prova de juros?

A receita para se tornar à prova de juros passa pela aposta pesada em serviços financeiros. A LuizaCred, operação de cartões de crédito da varejista, em associação com o Itaú, chegou a R$ 16 bilhões em faturamento no quarto trimestre de 2024, e um retorno (ROE) na casa dos 30%, mesmo em um cenário de juros altos.

Com isso, os serviços financeiros contribuíram significativamente para ampliar a rentabilidade do grupo. "Todas as empresas financeiras do grupo vão continuar tendo um papel fundamental no crescimento das margens", diz Trajano.

A oferta de serviços financeiros deve crescer. O Magazine Luiza conseguiu em fevereiro a licença do Banco Central para as operações da financeira do MagaluPay. Além do cartão de crédito, o MagaluPay oferece seguros, consórcios e crédito direto ao consumidor (crediário). Com a licença do BC, a meta é reforçar a oferta de serviços financeiros online.

Os serviços financeiros integram um processo maior de diversificação do Magalu. Nos últimos anos, a varejista comprou negócios como Netshoes e Kabum!, e criou operações como a financeira MagaluPay e a empresa de logística Magalog, dentre outras frentes. O objetivo era, de um lado, diversificar os produtos oferecidos pelo grupo e, do outro, melhorar a rentabilidade das vendas.

Foco em conversão de vendas

Para 2025, o foco está em converter mais vendas. Depois de arrumar a casa para se manter no azul, a empresa agora está focada em ampliar as vendas para o consumidor que já visita o Magazine Luiza. Foi a forma que a empresa encontrou de buscar aumento das vendas em cenário de despesas financeiras ainda em alta devido aos juros. "Aproveitamos muito pouco das nossas visitas em vendas reais. Esse ano estamos fazendo um trabalho para melhorar nossas taxas de conversão", diz Trajano.

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