
As políticas anunciadas até o momento no novo mandato de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, ainda que representem ameaças ao ritmo da transição energética, apontam para oportunidades para a indústria brasileira. É a aposta da Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia elétrica, que vê potencial para o Brasil explorar a enorme oferta de energia renovável e barata gerada no país como diferencial competitivo para uma nova onda de industrialização.
"O caminho do Brasil é olhar a transição energética com foco no consumo, e não na oferta, como tem sido", disse Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, que tem entre seus associados eletrointensivos como Alcoa, Braskem, Ambev, Gerdau, Vale e Suzano.
Ainda que entre as medidas de Trump esteja a taxação em 25% das importações de aço e alumínio importados, afetando a produção brasileira, e o discurso do seu governo seja, na maior parte do tempo, contrário às renováveis, a oferta de recursos naturais no Brasil é tão grande que não deixa de ser uma vantagem competitiva do ponto de vista global.