Fósseis de fezes e vômitos podem explicar supremacia dos dinossauros

há 3 semanas 3

"Abordamos a ascensão dos dinossauros de uma forma completamente nova. Analisamos evidências de alimentação para deduzir o papel ecológico dos dinossauros ao longo de seus primeiros 30 milhões de anos de evolução", disse o paleontólogo Martin Qvarnström, da Universidade de Uppsala, na Suécia, autor principal do estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature.

Os primeiros dinossauros e seus parentes próximos eram oportunistas, consumindo alimentos como insetos, peixes e plantas. Posteriormente, evoluíram dinossauros predadores maiores e mais especializados, juntamente com dinossauros herbívoros aparentemente mais adaptados que seus concorrentes para explorar novas plantas que surgiram quando o clima se tornou mais úmido.

Fósseis de fezes são chamados de coprólitos. Fósseis de vômito são chamados de regurgitatos. Juntos, são denominados bromalitos. Mas por que estudar isso? Ao examinar restos de alimentos não digeridos — plantas e animais — em bromalitos, os pesquisadores podem identificar padrões alimentares de várias espécies e reconstruir as cadeias alimentares de um ecossistema.

Centenas de bromalitos foram examinados, principalmente coprólitos.

"Estudamos mais de 100 quilos de fezes fossilizadas", disse Grzegorz Niedzwiedzki, autor sênior do estudo, paleontólogo e geólogo da Universidade de Uppsala e do Instituto Geológico Polonês.

Como os pesquisadores identificam quem deixou as fezes ou o vômito? Fósseis esqueléticos e pegadas indicam quais animais estavam presentes em determinado período. Além disso, os pesquisadores deduzem quem produziu um dado coprólito com base em fatores como tamanho e formato, tipo de alimento não digerido e o funcionamento dos sistemas digestivos dos parentes vivos desses animais extintos.

Leia o artigo completo