Fake news causam instabilidade no mercado, mas não explicam avanço do dólar

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"Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais", disse a AGU em comunicado enviado para a PF.

No caso de Ceron, o mercado especulou na quinta-feira (19) sua saída do Tesouro Nacional. A Fazenda, no entanto, rapidamente desmentiu a informação. "O Ministério da Fazenda informa que não procede a informação sobre a saída do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, que segue no comando da pasta subordinada à Fazenda".

Para Roney Albert, head trader de derivativo de câmbio da GWM Investments, as fake news são um problema para o mercado, mas não chegam a representar peso na cotação da moeda.

"As fake news atrapalham bastante, mas de zero a 100%, representam cerca de 10% do valor da moeda. Há uma euforia no primeiro momento, mas só", diz Albert.

"Há uma instabilidade no próprio governo. Os pacotes fiscais anunciados estão gerando muitas dúvidas. Essa desconfiança reflete-se em uma maior aversão ao risco. Por isso há fuga de capitais para um lugar mais seguro", reforça ele.

Desde a última quinta-feira (12), a fim de conter a desvalorização do real, o Banco Central leiloou mais de US$ 20 bilhões. Nesta sexta (20), já foram leiloados US$ 7 bilhões.

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