Ainda assim, a presença de oxigênio e principalmente de água são sinais de que ali pode haver (ou ter havido) vida. A Nasa tem afirmado que Europa, uma das luas de Júpiter, seria o lugar mais provável de abrigar vida fora da Terra.
O satélite possui um enorme oceano líquido sob uma camada de gelo fina. Um estudo comprovou que existe a presença de hidrogênio e oxigênio suficientes para a formação de vida. A hipótese é de que se as crostas esconderem algum tipo de vida, elas sejam organismos microscópicos. Ainda não existe nenhuma descoberta que comprove vida fora da Terra.
Um estudo publicado em abril de 2021, no entanto, alerta para 'falsos positivos de oxigênio', afirmando que o fato de haver oxigênio na atmosfera pode não ser uma 'bioassinatura' totalmente confiável.
A pesquisa publicada na AGU Advances, feita por pesquisadores da Universidade da Califórnia, afirma que podem existir cenários em que um planeta rochoso girando em torno de uma estrela semelhante ao Sol poderia evoluir para ter oxigênio em sua atmosfera, sem que isso significasse a existência de vida por lá.
"Tem havido muita discussão sobre se a detecção de oxigênio é um sinal de vida 'suficiente'", disse Jonathan Fortney, co-autor do estudo. "Este trabalho defende a necessidade de saber o contexto de sua detecção. Que outras moléculas são encontradas além do oxigênio (...) e o que isso nos diz sobre a evolução do planeta?", completou.
Pode existir vida fora do Sistema Solar?
Os cientistas ainda estudam a possibilidade de encontrarem oxigênio em exoplanetas, nome dado a corpos celestes fora do Sistema Solar. Astrônomos já encontraram 4.383 planetas desse tipo, a maioria grandes, gasosos ou quentes demais para serem habitados.