Esse risco cresce especialmente após a umidade secar, explica o engenheiro João Irineu Medeiros, diretor de segurança veicular da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).
De acordo com o especialista, o problema está relacionado a materiais potencialmente inflamáveis que podem se alojar na parte inferior do carro durante a chuva.
"É comum uma enxurrada arrastar vegetação, papel e outros detritos que acabam presos no escapamento e em outras áreas sob o assoalho. Caso não sejam removidos, o contato posterior com partes quentes após dar a partida, como o próprio motor e o catalisador, podem gerar incêndio", alerta Medeiros.
Segundo ele, o risco maior está relacionado ao catalisador, que opera em temperaturas altíssimas, a partir de 300º C e chegando a cerca de 800º C.
"O mesmo risco ocorre quando você mantém o carro ligado sobre uma área de vegetação alta e seca. A proximidade com superfícies extremamente quentes pode ocasionar combustão e alastrar o fogo".