Eletrobras negocia saída de Angra 3, usina sem data para ficar pronta

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A tese é que, desde que o controle da empresa foi transferido para investidores privados, o número de representantes do governo na companhia é incompatível com sua posição acionária. A discussão no CCAF abrange ainda a antecipação de recursos devidos à Conta de Desenvolvimento Energético.

A inclusão de Angra 3 neste pacote de negociação não estava prevista inicialmente. Com obras iniciadas há 40 anos, a usina inconclusa consome ao menos R$ 1,2 bilhão por ano em manutenção. Agentes de mercado acreditam que ainda será necessário injetar entre R$ 17 e 20 bilhões para a conclusão das obras.

Em julho do ano passado, o então presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, disse à Agência Brasil que cerca de R$ 7,8 bilhões já haviam sido investidos em Angra 3, projeto que necessitaria de mais R$ 20 bilhões para ser concluído e entrar em operação até 2029.

Ao jornal Valor Econômico, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que a Eletrobras tem alegado que o setor é mais estratégico para a União, que tem interesse na cadeia produtiva do urânio e os possíveis usos militares, como a construção do submarino nuclear, projeto da Marinha. Silveira voltou a dizer que a União não vai abrir mão de assentos nos conselhos da Eletrobras.

Reportagem

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