A montadora italiana Iveco chegou a 60 mil unidades do comercial leve Daily produzidas em Sete Lagoas (MG). Inaugurada em 1997, a unidade é a maior planta fabril da empresa no mundo.
O modelo, que lidera o segmento chamado chassi-cabine com 41% de participação, completa 25 anos de fabricação nacional em 2025, sempre com motorização a diesel. Há ainda a opção 100% elétrica, que desde de junho de 2024 é importada da Itália e custa a partir de R$ 549 mil.
A montadora está investindo R$ 100 milhões na eletrificação até 2026, valor adicional ao ciclo de R$ 1 bilhão que se encerra neste ano. A opção a bateria, contudo, ainda tem participação tímida no mercado nacional, com vendas restritas a poucas concessionárias da marca.
No total, a linha Daily registrou crescimento de 52% nos emplacamentos em 2024 na comparação ao ano anterior. No total, a divisão de comerciais leves da Iveco teve 3.938 unidades licenciadas no ano passado, segundo dados da Anfavea (associação das montadoras).
O comercial leve está na terceira geração, e sua história global começa em 1978. O furgão foi o primeiro modelo, e diferentes versões foram lançadas nos anos seguintes.
As opções chassi-cabine são pensadas para entregas urbanas, sendo possível configurar o implemento de acordo com a necessidade da empresa.
O segmento de veículos comerciais leves tem seu grande volume de vendas concentrado em picapes compactas e médias. No primeiro bimestre de 2025, foram comercializadas 75.860 unidades nessa categoria, com crescimento de 19,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são baseados no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).
A atuação da Iveco se concentra na fatia mais rentável desse nicho, onde estão as vans de médio e grande portes e os VUCs (veículos urbanos de carga).
Os principais concorrentes dos modelos da família Daily são a linha Sprinter, da Mercedes-Benz, a Renault Master, a Ford Transit e a Fiat Ducato. Os preços dos veículos desse segmento partem de R$ 250 mil, aproximadamente.
Em comum, os modelos têm gerações longevas. Embora recebam evoluções de tempos em tempos, mantêm as linhas básicas e o mesmo chassi por anos, o que é bom para as fabricantes.