O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou, neste sábado (1º), uma montagem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes caracterizado como Luís XIV, monarca francês dos séculos 17 e 18. Na legenda da postagem no X (ex-Twitter), escreveu, em francês, a frase L’État c’est moi (“O Estado sou eu”, em português), atribuída ao rei e associada à concepção de poder absoluto.
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A publicação ocorre após Moraes encaminhar à PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de parecer sobre a apreensão do passaporte do deputado. A solicitação partiu do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e do deputado Rogério Correia (PT-MG), que acusam Eduardo Bolsonaro de articular, junto a políticos norte-americanos, retaliações ao STF.
Os parlamentares afirmam que o deputado negociou com congressistas dos EUA a aprovação de um projeto de lei que pode barrar a entrada de autoridades estrangeiras que violem a 1ª Emenda da Constituição americana. A medida, se aprovada, poderia impedir Moraes de ingressar no país devido às suas decisões de bloquear plataformas como X (ex-Twitter) e Rumble no Brasil.
Eduardo Bolsonaro criticou a investigação e disse, em publicação no X, que Moraes o inseriu “absolutamente do nada” nas apurações sobre os atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023. Ele alegou que a possível retenção de seu passaporte “viola princípios constitucionais” e poderia resultar na anulação do processo.
No entanto, o filho do ex-presidente foi citado na delação premiada do ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, como integrante da ala mais entusiasmada com um golpe.
O ex-presidente e pai do deputado, também se manifestou e classificou a iniciativa de Moraes como uma “perseguição implacável”.