Alta da moeda foi impactada por crises no setor imobiliário na China e possíveis alterações na política monetária com a nova administração de Trump nos Estados Unidos
Giorgio Trovato/unsplash
No Brasil, as preocupações com a sustentabilidade das contas públicas têm sido um fator importante para a valorização do dólar
O dólar registrou uma alta de 0,31%, alcançando a cotação de R$ 6,182, em um contexto de apreensão em relação ao cenário internacional e à situação das contas públicas brasileiras. A Bolsa de Valores, por sua vez, apresentou uma queda de 1,34%, influenciada negativamente pela desvalorização das ações da Vale e da Petrobras. A economia da China enfrenta sérios desafios, incluindo crises no setor imobiliário e um elevado nível de endividamento do governo. Essas questões têm gerado inquietação entre os investidores.
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Em resposta, o governo chinês anunciou um pacote de estímulos fiscais, que inclui um aumento no financiamento de títulos do tesouro, com o objetivo de fomentar o investimento e o consumo interno. Os Estados Unidos também estão sob os holofotes dos investidores, especialmente em relação às possíveis alterações na política monetária com a nova administração de Trump. As promessas de aumento de tarifas e deportações podem ter um efeito inflacionário, levando o Federal Reserve a considerar a manutenção ou até mesmo o aumento das taxas de juros, o que, por sua vez, fortalece a moeda americana.
No Brasil, as preocupações com a sustentabilidade das contas públicas têm sido um fator importante para a valorização do dólar, que acumulou uma alta de 27% em relação ao real ao longo de 2024. O fluxo cambial negativo atingiu US$ 15,918 bilhões, marcando a terceira maior saída líquida anual desde 2008. O governo tem utilizado receitas extraordinárias para cobrir gastos crescentes, o que levanta questões sobre a viabilidade fiscal a longo prazo.
Embora o Congresso tenha aprovado algumas medidas para conter os gastos, o pacote de ajustes foi considerado fraco, e o mercado financeiro continua pressionando por reformas fiscais mais robustas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias