Dólar cai para R$ 6,11 e real tem um dos melhores desempenhos entre moedas emergentes

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A notícia de que o próximo governo dos EUA pode ser mais seletivo em relação à imposição de tarifas de importação foi o elemento de maior peso nos negócios nesta segunda (6)

DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Registro de notas de dólar, feito em Petrópolis (RJ), na manhã desta quarta-feira

RJ - MERCADO/DÓLAR - ECONOMIA - ECONOMIA - Registro de notas de dólar, feito em Petrópolis (RJ), na manhã desta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024. O dólar não dá trégua e volta a subir até R$ 6,1412 (+0,74%) no mercado à vista nesta manhã, após abertura perto da estabilidade. Além da espera pela conclusão das votações do pacote fiscal na Câmara, prevista para esta quarta, o mercado sustenta demanda cambial, em especial por empresas e fundos, para remessas de dividendos ao exterior ainda nesta semana, antes das festas de fim de ano. 18/12/2024

O dólar caiu em relação a outras moedas no primeiro pregão da semana e, na comparação com o real, não foi diferente. No final da sessão, rondava os menores níveis desde 20 de dezembro, tanto no mercado à vista quanto no futuro. A notícia de que o próximo governo dos Estados Unidos pode ser mais seletivo em relação à imposição de tarifas de importação foi o elemento de maior peso nos negócios hoje, mas o fator sazonal – início do ano e baixa presença dos investidores no mercado – também pode ter colaborado para acentuar as perdas.

O dólar à vista caiu 1,13%, para R$ 6,1125, mas na mínima intradia chegou a R$ 6,0928. O desempenho do real foi um dos melhores entre moedas emergentes. O dólar só caiu com mais intensidade em relação ao rublo (-2,93%), ao peso mexicano (-1,50%) e ao zloty polonês (-1,15%). No mercado futuro, o contrato da moeda para fevereiro tinha queda de 1,21% às 18h18, a R$ 6,1395, com mínima de R$ 6,1215. O volume de negócios até então era de US$ 11,35 bilhões.

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Desde antes da abertura do pregão o dólar já operava em queda em relação a uma série de moedas no exterior, mas aprofundou as perdas após o jornal The Washington Post publicar que assessores do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, estudam a aplicação de tarifas de importação a todos os países, mas voltada a alguns produtos específicos. Antes, havia expectativa de adoção indiscriminada de tarifas de importação.

Trump disse algumas horas depois da publicação que a reportagem do Washington Post era falsa, mas as declarações não apagaram a empolgação dos investidores com a notícia. Especialistas apontam que a queda mais intensa do dólar pode ser reflexo também do volume reduzido de negócios e de contratos em aberto, fatores que diminuem a resistência aos movimentos de preço, seja para baixo ou para cima.

Fato é que as expectativas em torno de aonde o câmbio vai nos próximos meses ainda estão difusas. No boletim Focus publicado mais cedo, a mediana das projeções do mercado crava o dólar a R$ 6 no final deste ano, mas as previsões variam entre os especialistas.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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