Do relaxamento a possível coma: ciência explica como álcool age no cérebro

há 1 mês 3

As "alterações morais" do álcool, especialmente em situações de abuso, podem ser bastante nocivas se não forem controladas adequadamente.

As alterações de comportamento podem incluir exposição moral, comportamento sexual de risco, agressividade, labilidade do humor, diminuição do julgamento crítico, alterações no afeto, na fala, na diminuição do desempenho motor, no pensamento e também baixa coordenação motora. Esses efeitos podem afetar qualquer indivíduo, em todas as idades", adverte.

Uso contínuo pode levar a cirrose, diabetes e depressão

As consequências do uso continuado de álcool, para Ramos, podem ser devastadoras: desenvolvimento de doenças autoimunes, cirrose, diabetes e depressão, para citar apenas alguns exemplos. E com um agravante: bebidas alcoólicas são drogas legais, estão à venda em cada esquina. De todas as drogas, o álcool é a que tem o maior número de usuários e a que começa a ser consumida mais cedo, entre os 12 e os 13 anos de idade.

O poder destrutivo do álcool vem da capacidade de provocar lesões em tecidos adiposos, cobertos de gordura. Como o cérebro é todo revestido de tecido adiposo, ao atacar essas regiões o álcool desencadeia um processo inflamatório no cérebro, que altera a bioquímica e, consequentemente, as transmissões elétricas entre as sinapses (feitas pelos neurotransmissores).

No primeiro momento, o álcool relaxa. No segundo, provoca euforia. No terceiro, vem a depressão. E, se a pessoa não parar de beber, o álcool leva ao coma.

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