Apesar de os modelos de Toyota, Fiat e BMW serem eletrificados, têm tecnologias diferentes. Corolla e Corolla Cross são HEV, enquanto Pulse e Fastback são MHEV (também conhecidos como híbridos leves). O X5, como já explicado, é PHEV.
Mas o que significam esses siglas? E quais são as diferenças entre essas tecnologias? Entenda baixo.
MHEV
Antes é preciso entender o que HEV significa. É a sigla para hybrid electric vehicle, ou veículo híbrido elétrico. Em MHEV, o "m" é da palavra em inglês mild (leve). Portanto, esse tipo de veículo é o híbrido leve.
Modelos com essa tecnologia têm pequenos motores elétricos que não movimentam as rodas. No caso dos que usam baterias de 48V, há possibilidade de função de coasting. Em velocidade constante, o propulsor a eletricidade desativa o a combustão por alguns segundos.
Isso gera economia de combustível. Porém, quando não há a função de coasting, muitas vezes o sistema nem reduz o consumo. Funciona mais como um apoio para diminuir as emissões, algo fundamental em mercados como o europeu.
Há ainda os MHEV em que o motor elétrico garante potência extra ao carro. Não é o caso dos novos Fiat, que também não têm a função coasting. Pulse e Fastback trazem bateria de 12V que alimenta um pequeno propulsor.
Esse motor atua no torque do 1.0 turbo que auxilia, fazendo com que ele trabalhe menos em algumas situações. Entre os benefícios, há redução de emissões em duas das situações mais críticas, que são partida e saída da inércia.
Além disso, de acordo com a Fiat, há também redução no consumo de combustível (dependendo da condição de uso dá para ultrapassar os 10%). Porém, há controversa sobre o MHEV. Como o motor elétrico não movimenta as rodas, há correntes que defendem a classificação apenas como eletrificado, não híbrido.
HEV
Essa defesa ocorre justamente para que não exista confusão com o HEV. São chamados assim veículos com motores elétricos capazes de movimentar as rodas. As baterias são maiores que as do MHEV (têm entre 1 e 2 kWh, geralmente). Os propulsores também.
No HEV, o motor elétrico sempre gera potência e torque entregue às rodas, e atua tanto sozinho quanto em conjunto com o propulsor a combustão (situação mais comum). A economia de combustível é garantida, principalmente na cidade.
Isso porque, assim como no MHEV, a fonte de recarga mais comum da bateria do HEV é a regeneração a partir da energia de frenagem e desaceleração. Em alguns casos, pode haver um pequeno gerador alimentado pelo propulsor a combustão.
Como frenagem e desaceleração são mais comuns no anda-e-para das cidades, é nesse ciclo que o HEV pode fazer mais de 20 km/l, em alguns casos.
PHEV
A vantagem do PHEV ante os demais é que só ele pode oferecer a seu proprietário uma experiência 100% elétrica em algumas circunstâncias. Aqui, a autonomia no modo EV é muito superior à do HEV (esta bem limitada).
O "p" de PHEV é abreviatura de plug-in. Ou seja: são os híbridos recarregáveis na tomada. Neles, as baterias são bem maiores. Nos mais recentes lançamentos, podem ultrapassar 20 kWh. Com isso, garantem autonomia que algumas marcas afirmam ultrapassar os 100 km por recarga - mas que costumam, no uso real, ficar em torno de 50 km.
Quem tem um PHEV pode carregar o carro em casa e, na cidade, existir que posto de combustível existe. Basta rodar com o carro no modo 100% elétrico o tempo todo. E, na hora de pegar estrada, o proprietário não precisa ter a preocupação com a rede de recarga que o dono de EV tem.
A bateria do PHEV também pode ser recarregada por regeneração. Mas, como é muito grande, esse processo é só um pequeno auxílio. A principal fonte é a tomada.
O único PHEV brasileiro é o luxuoso X5. Porém, há opções importadas (da China) bem mais em conta, como os BYD King e Song Pro (por menos de R$ 100 mil) e o Tiggo 8 recarregável na tomada.
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Opinião
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