"O próprio DNA do crime organizado está mudando. As redes criminosas evoluíram para empresas globais e impulsionadas pela tecnologia, explorando plataformas digitais, fluxos financeiros ilícitos e instabilidade geopolítica para expandir sua influência", disse Catherine De Bolle, diretora executiva da Europol.
A agência disse que os elementos de cada processo criminal estão cada vez mais se movendo online, incluindo sistemas de recrutamento, comunicação e pagamento.
"As mesmas qualidades que tornam a IA revolucionária - acessibilidade, adaptabilidade e sofisticação - também a tornam uma ferramenta poderosa para as redes criminosas", disse a Europol.
"Essas tecnologias estão automatizando e expandindo as operações criminosas, tornando-as mais escaláveis e mais difíceis de detectar."
O relatório alertou que o surgimento da IA totalmente autônoma, na qual os sistemas planejam e executam tarefas sem orientação humana, "poderia abrir caminho para redes criminosas totalmente controladas por IA, marcando uma nova era no crime organizado".
Em fevereiro, a Europol anunciou a prisão de duas dúzias de pessoas por distribuir imagens de abuso infantil geradas por IA.