"A empresa reitera que segue os mais rigorosos padrões de ética e integridade e possui um sistema robusto de cadastro e homologação de fornecedores", afirma o texto.
A reportagem também entrou em contato com o escritório Torres, Falavigna e Vainer Advogados, responsável pela defesa da Novelis, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. Já os responsáveis pela Minas Reciclagem não foram encontrados. O texto será atualizado, caso os posicionamentos sejam enviados.
Catadores dormiam em locais com fezes
As autoridades descobriram um sistema que usava os dependentes químicos como mão-de-obra barata, nos quinze ferros-velhos e centros de reciclagem alvos de busca e apreensão na Operação Salus et Dignitas.
O galpão da Minas Reciclagem estava entre os estabelecimentos fiscalizados. No local, três pessoas foram presas por posse ilegal de arma e de munição —dentre eles, Cláudio Henrique Silva, sócio da empresa com 33% de participação.
A investigação teve acesso a notas fiscais de bebidas alcoólicas compradas pela Minas Reciclagem. Uma delas, no valor de R$ 4.572, refere-se a 1.440 garrafas de 500 ml da Cachaça do Barril, uma "prima" da Corote, popular marca de aguardente. "Pagam [os catadores] às vezes com pinga, às vezes com moedas", explica Eduardo Roos Neto, promotor do Gaeco.