O Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 0,9 ponto porcentual na passagem de novembro para dezembro, para 96,6 pontos, informou nesta segunda-feira (23) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na média móvel trimestral, o índice variou -0,2 ponto, segundo resultado negativo consecutivo.
A coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, comentou em nota que o ICST chegou ao último mês do ano ligeiramente acima do patamar de dezembro do ano passado, em uma posição de pessimismo moderado.
“O resultado parece desafiar os indicadores que mostram um mercado de trabalho bastante aquecido. De fato, em 2024 houve aumento dos investimentos na infraestrutura e no mercado imobiliário, o que contribuiu para o crescimento do setor e deve ter impactos também em 2025″, disse.
Ela avaliou que as oscilações da confiança refletiram os altos e baixos dos negócios atingidos pela dificuldade na contratação de trabalhadores. Ainda assim, em dezembro, segundo ela, a confiança pode ser vista de forma positiva.
“O porcentual de empresas que esperam crescimento na demanda é significativamente superior ao das que esperam queda”, afirmou.
Nesta leitura, houve avanço de 0,3 ponto no Índice de Situação Atual (ISA-CST) e de 1,5 ponto no Índice de Expectativas (IE-CST). O crescimento do ISA-CST foi puxado pelo avanço do indicador de volume de carteira de contratos, que subiu 2,8 pontos, para 96,9 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios cedeu 2,1 ponto, para 94,7 pontos.
Continua depois da publicidade
Já no IE-CST, os dois componentes subiram: indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 2,6 ponto, atingindo 100 7 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses avançou 0,4 ponto, chegando aos 94,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção caiu 0 1 ponto porcentual, para 78,9%. O Nuci de Mão de Obra caiu 0,1 ponto, para 80,3%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos avançou 0,4 p.p, para 73,6%.