Compre ou vá embora: Starbucks muda política nos EUA e expulsará cliente que não consumir

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A Starbucks exigirá que as pessoas que visitam suas cafeterias nos Estados Unidos comprem algo para poderem permanecer ou usar os banheiros, anunciou a empresa em uma carta enviada aos gerentes de loja na última segunda-feira (13).

A nova política, delineada em um Código de Conduta, será implementada este mês e se aplica aos cafés, pátios e banheiros da rede de café.

"Implementar um Código de Conduta para Cafeterias é algo que a maioria dos varejistas já possui e é um passo prático que nos ajuda a priorizar nossos clientes pagantes que desejam sentar e aproveitar nossos cafés ou precisam usar o banheiro durante sua visita", afirmou Jaci Anderson, porta-voz da Starbucks.

Anderson afirmou que, ao delinear as expectativas para os clientes, a empresa "pode criar um ambiente melhor para todos".

O Código de Conduta será exibido em todas as lojas e proibirá comportamentos como discriminação, assédio, fumar e pedido de dinheiro.

Pessoas que violarem as regras serão convidadas a deixar a loja, e os funcionários poderão chamar as autoridades, indica a política.

Antes da implementação da política, que começa em 27 de janeiro, os gerentes de loja terão 40 horas para preparar os locais e os trabalhadores, de acordo com a empresa. Haverá também sessões de treinamento para a equipe.

A nova exigência de compra altera a política que a Starbucks instituiu em 2018, que permitia que as pessoas usassem seus cafés e banheiros mesmo que não tivessem comprado algo.

Esta medida foi introduzida um mês após dois homens negros serem presos em uma Starbucks na Filadélfia enquanto esperavam para se encontrar com outra pessoa para uma reunião de negócios.

As autoridades disseram que os homens haviam pedido para usar o banheiro, mas que um funcionário recusou o pedido porque eles não haviam comprado nada. Um funcionário então chamou a polícia, e parte do encontro foi gravada em vídeo e vista por milhões de pessoas online, provocando boicotes e protestos.

Agora, as mudanças fazem parte de uma tentativa da empresa de priorizar os clientes e tornar as lojas mais convidativas, disse Sara Trilling, presidente da Starbucks na América do Norte, em uma carta aos gerentes de loja.

"Sabemos pelos clientes que o acesso a assentos confortáveis e a um ambiente limpo e seguro é fundamental para a experiência Starbucks que eles amam", escreveu ela. "Também ouvimos de vocês, nossos parceiros, que há uma necessidade de redefinir as expectativas sobre como nossos espaços devem ser usados e por quem."

Folha Mercado

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As alterações ocorrem enquanto a empresa enfrenta uma queda nas vendas e nos preços das ações, e reclamações de investidores ativistas. A situação levou a empresa a nomear um novo CEO, Brian Niccol, em agosto do ano passado.

"Simplificaremos nosso menu excessivamente complexo, corrigiremos nossa arquitetura de preços e garantiremos que cada cliente sinta que a Starbucks vale a pena toda vez que nos visitar", afirmou Niccol em sua apresentação.

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