Quem olhar para o céu e tiver um pouco de sorte pode se deparar com o pico da chuva de meteoros Geminídeas, que ocorre na noite desta quinta-feira (12) e de sexta (13) para sábado (14).
A chuva é mais intensa no Hemisfério Norte. As pessoas que vivem mais ao norte no Brasil terão uma visão melhor da Geminídeas.
Infelizmente, a Lua, quase cheia, atrapalhará a visibilidade da chuva de meteoros.
"O brilho lunar vai abafar, tampar os meteoros menos brilhantes. Nós veremos os meteoros mais brilhantes", diz Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional. "É comum nas Geminídeas gerar bólidos bem brilhantes. É muito bonito. Vale a pena passar uma madrugada observando."
De toda forma, a partir de 1h da manhã, a observação ficará mais interessante, segundo de Cicco. Durante o pico da chuva, são esperados até 150 meteoros por hora.
"Para aqueles que forem mais resistentes, eu recomendo esperar a Lua se deitar, a partir de três da manhã —embora o radiante do Geminids também ficar mais baixo no horizonte. Mas, quem sabe, seja possível ver mais alguns meteoros e bólidos bonitos."
A Geminídeas vem aumentando de intensidade, segundo o pesquisador. Até 2050 chegaremos no ápice, considerando que estaremos atravessando o núcleo central da concentração de grãos de poeira emitidos pelo corpo parental da chuva, o asteroide 3200 Phaethon.
Como ver a chuva de meteoros?
A chuva de meteoros, que geralmente ficam com a cor amarela, pode ser vista de todo o país e a olho nu. Basta ter sorte de o céu estar limpo.
Lugares longe de luzes urbanas são mais adequados para a visualização. Passe um tempo no local —a Nasa estima ao menos meia hora— para se acostumar ao escuro.
Há mapas interativos online, como o Interactive Meteor Shower Sky Map, e aplicativos, como o Star Walk 2
(Google Play; Apple Store) o SkyView (Google Play; Apple Store) e o Sky Map (Google Play; Apple Store), que podem ajudar. Deve-se olhar para a constelação de Gêmeos.
Qual a origem do fenômeno Geminídeas?
A chuva de meteoros vem do asteroide 3200 Phaethon. Elas ocorrem anualmente, em dezembro.
Segundo a Nasa, 3200 Phaethon leva cerca de 1,4 ano para orbitar o Sol e existe a possibilidade de que ele seja um "cometa morto" ou um novo tipo de objeto chamado "cometa rochoso".
A descoberta do asteroide 3200 Phaethon, cujo diâmetro é de 5,1 quilômetros, ocorreu em 11 de outubro de 1983. De acordo com a agência espacial americana, o astrônomo Fred Whipple foi quem percebeu a relação do Phaethon com os meteoros.