Felizmente, observamos cada vez mais pessoas interessadas em buscar a medalha de ouro na organização financeira, e um ótimo movimento para começar essa mudança é sair da poupança, que por tantas décadas foi o instrumento de aplicação preferido dos brasileiros. O próximo passo é ir além dos investimentos de alta liquidez que rendem 100% do CDI, que ficaram conhecidos como uma saída à poupança. O tempo e a rentabilidade são os dois principais fatores nessa conta: quanto mais cedo você começar a investir, mais a bola de neve dos investimentos vai rolar e crescer. Ao mesmo tempo, quanto maior a rentabilidade, menor o investimento necessário para atingir uma meta.
Andrade, sócio da W1 Consultoria
Onde investir em dólar
Uma ideia é investir em dólar americano. Motta sugere ETFs, fundos de índice, que seguem a renda fixa nos EUA e a Bolsa de Valores americana. Motta optou pela simplicidade e utilizou o menor número possível de investimentos para facilitar o acompanhamento da meta.
A carteira foi dividida em 75% de títulos de renda fixa e 25% de renda variável. Além disso, o ideal é dividir entre os ETFs americanos, diretamente, e seus BDRs brasileiros, que replicam os índices de fora. Isso porque alguns gastos serão feitos em real e outros em dólar. No cenário econômico, por exemplo, 78% das despesas serão feitas no Brasil para a agência de viagens, enquanto 22%, em Los Angeles, com alimentação, hospedagem e transporte. Para o cenário conforto, os percentuais ficam em 79% e 21%, respectivamente.
A renda fixa foi dividida em dois produtos, SHV e SHY. São ETFs (exchange-traded fund, ou fundo de índice) que seguem os títulos do Tesouro americano (análogos aos títulos de Tesouro brasileiro). De acordo com Motta, são produtos bem seguros e estáveis.
Já na renda variável, o investimento sugerido é em IVV, um ETF que segue o índice da S&P500 da NYSE (a Bolsa de Valores de Nova York). Há expectativas de alta rentabilidade com uma certa dose de risco, porém diluído nas 500 maiores empresas dos EUA.