Formato deve entrar em serviço até 2030. O Horizon irá usar grande parte da tecnologia do Kona, avião de carga sem piloto lançado anteriormente pela startup. Aleksey Matyushev, CEO e cofundador da Natilus, disse à CNN americana que pretende obter a certificação até o início da próxima década — seria inédito uma aeronave totalmente nova passar do projeto à certificação completa em apenas seis anos.
Estabilidade e equilíbrio são obstáculos. Matyushev citou que o design do avião de asa "achatada" apresenta obstáculos em relação à manutenção do controle e da estabilidade aerodinâmica."Acho que é aí que a McDonnell Douglas (fabricante de aviões) e a Boeing realmente tropeçaram", pontuou à emissora. O engenheiro aeroespacial disse então que uma maneira de alcançar a estabilidade é por meio de sistemas complexos de controle de voo, aerodinâmica ou o design das suas superfícies.

Aeronaves com asa mista superaram as tradicionais. O design do Horizon minimiza o arrasto aerodinâmico ao eliminar a junção tradicional entre fuselagem e asa, permitindo que todo o corpo da aeronave contribua para a sustentação.
Silencioso e eficiente. Com uma operação significativamente mais silenciosa e compatível com a infraestrutura aeroportuária existente, o modelo BWB permite que a aeronave voe distâncias maiores e rotas variadas, mas com a mesma quantidade de combustível, reduzindo a frequência de paradas.
Nem tudo será totalmente novo. O Horizon usará tecnologia de um tipo de motor já existente, não deixando espaço para opções de hidrogênio ou elétricas. "Há uma piada recorrente na aviação: 'nunca coloque um motor totalmente novo em um avião totalmente novo'. Isso é muito arriscado", falou Matyushev. Por isso, a nova aeronave foi projetada para caber em qualquer lugar que um Boeing 737 ou Airbus A320 caberia, não exigindo nenhuma mudança na infraestrutura do aeroporto.