O pré-candidato Pablo Marçal (PRTB) diz manter a esperança em aliança com o União Brasil, negou racha no PRTB e ainda criticou a confusão envolvendo o PSDB e seu adversário José Luiz Datena.
As declarações foram dadas em entrevista nesta segunda-feira (29) antes de evento no SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de SP), que vai entrevistar pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.
O PRTB está dividido em alas que brigam pelo comando e aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que tentam explorar a situação para tirar Marçal da corrida eleitoral. O ex-coach negou o racha e afirmou que "o que tem é gente de fora dando pitaco".
Na resposta, citou como paralelo a situação de Datena, que sofre oposição de aliados de Nunes dentro do PSDB. No último sábado (27), a convenção tucana foi marcada por tumulto.
"Agora, coitado do Datena. O Datena foi lá no lançamento da candidatura dele e aí mandaram pessoas para ficar lá vaiando e fazendo, mas quem que é esse povo? Ninguém viu, não é do PSDB, é uma aglutinação de gente que quer colocar só para atrapalhar o processo da pessoa", disse.
Marçal ainda afirmou acreditar ainda em uma aliança com o União Brasil, partido que por ora definiu o apoio a Nunes. A convenção do partido delegou à executiva municipal, comandada pelo vereador Milton Leite, a decisão sobre o rumo do partido na capital —o político, inclusive, praticamente descartou a aliança com o ex-coach.
"Eles tiveram a convenção e não resolveram a questão, porque realmente dá para fechar com a gente. Vocês vão ficar sabendo até no domingo, dia 4, na convenção do nosso partido", disse. "Estão avaliando a possibilidade e agora está do lado deles. Espero que dê certo."
Marçal afirmou que a definição do nome para o vice de sua chapa deve ficar para o domingo (4). "Tem já umas quatro pessoas que podem ser vice da nossa chapa. E tem que esperar", disse. "Sei que a gente está trabalhando e crescendo sem a ajuda desses grandes partidos e eu espero que se resolva antes do dia 4, mas pelo jeito vai ficar para o dia 4 mesmo, na última hora."
O pré-candidato negou irregularidades na sua pré-candidatura por divulgação de recortes de suas falas em redes sociais.
A também pré-candidata e deputada federal Tabata Amaral (PSB) enviou representação ao Ministério Público Eleitoral em que pede que o ex-coach seja investigado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
A peça apresenta diversos trechos de vídeos em que Marçal incentiva seus seguidores a se cadastrarem em um aplicativo de corte de vídeos e diz que vai remunerar os que tiverem mais visualizações. Marçal diz que está "pagando em dinheiro" e que há quase 5.000 pessoas fazendo cortes de vídeos para ele.
"Sobre algum tipo de vantagem, nenhuma. Eu continuei fazendo alguns lançamentos que nada dizem respeito à política, né? Não tirei vantagem nenhuma e eu trabalho com isso, não é proibido trabalhar", disse. "Então, se ela encontrar alguma coisa de campanha lá, eu venho publicamente pedir desculpa, só que eu duvido que ela vai achar isso".
Marçal também participou de sabatina, em que, ao estilo coach, falou de assuntos que vão de maconha à seleção brasileira de futebol.