Cleusa, dona da Sodiê: 'Empreendedorismo não é pra deslumbrado'

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Cleusa foi a terceira geração de boias-frias da família e trabalha desde os nove anos de idade. Ela sempre teve o desejo de melhorar sua condição social, um anseio que, segundo ela, não era compartilhado por sua família.

"Em 10 irmãos, sempre brincava com minha mãe falando 'Mãe, tem certeza que eu faço parte dessa família?'. Todos os meus irmãos e minha mãe eram boias-frias e, para eles, estava tudo bem. Eu acho que as pessoas têm que ter agradecimento por qualquer tipo de trabalho, mas qualquer ser humano tem que querer o melhor", afirmou ela.

Acho que o que sobra em mim é o que falta em milhões de pessoas. É olhar pro futuro e acreditar. As pessoas precisam acreditar. Eu não acho que eu tive sorte, mas acho que saí de algo que não era bom pra mim. Cleusa Maria, dona da Sodiê Doces

Cleusa fez seu primeiro bolo quando uma antiga patroa pediu sua ajuda. A mulher, que vendia doces, havia quebrado a perna e precisava de alguém para preparar o bolo de aniversário de sua sobrinha. Ela ensinou o passo a passo a Cleusa, que foi para o fogão.

O resultado surpreendeu a chefe, que decidiu presenteá-la com uma batedeira. Cleusa passou a fazer bolos à noite para vender — de dia, trabalhava em uma fábrica de autofalantes. Em 1997, com a fama do negócio, pediu demissão da fábrica e, com o dinheiro da rescisão, alugou um espaço de 20 m² para abrir sua loja. Foi ali que nasceu a "Sensações Doces", em Salto, no interior de São Paulo.

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