CATL e Nio firmam parceria para criar padrão de troca de baterias

• A CATL e a Nio assinaram um acordo para se apoiarem mutuamente, estabelecendo uma rede nacional de troca de baterias na China que usa a tecnologia de troca da Nio e a tecnologia Choco-swap da CATL.
• A Choco-swap da CATL oferece baterias para carros compactos e médios que variam de 42 kWh a 70 kWh.
• O Nio Firefly EV será um dos primeiros carros a usar a rede e a tecnologia compartilhadas. 

Eu já experimentei o ecossistema de troca de baterias da Nio. Usado na linha completa de veículos da Nio e no Onvo L60, esse esquema de troca de baterias promete reduzir o custo de entrada dos EVs e, ao mesmo tempo, encurtar o tempo para obter uma carga completa para apenas 2 minutos e 36 segundos. No entanto, ficou claro para mim que, embora a aposta da Nio na tecnologia estivesse funcionando, todo o ecossistema estava limitado apenas aos seus veículos.

Até agora.

Um dos maiores fabricantes de baterias, a CATL, uniu-se à Nio para implantar a tecnologia de troca de baterias. Essa não é a primeira colaboração com a tecnologia de troca de baterias da Nio. A Chery e a Geely assinaram um memorando de entendimento para cooperar com a Nio, portanto, isso não é novidade. A troca de baterias também não é tão incomum, os táxis da marca Beijing (BAIC) com baterias que podem ser trocadas são bastante comuns nas grandes cidades chinesas. A parceria entre a CATL e a Nio é tão importante porque marca a colaboração da Nio com a ideia da bateria Choco-swap da CATL.

Foto de: InsideEVs

Estação de troca Nio

O Choco-swap é o objetivo da CATL de criar uma infraestrutura de troca agônica de plataforma para carros subcompactos e médios. As baterias podem ser de lítio-ferro-fosfato (LFP) ou níquel-manganês-cobalto (NMC), com tamanhos que variam de 42 a 70 kWh. Atualmente, há rumores de que alguns carros aceitam o equipamento de bateria Choco-swap, e parece que a submarca Firefly de EVs pequenos e premium da Nio será uma das primeiras a usar a tecnologia no mercado. A CATL dará suporte à Nio no desenvolvimento da rede de troca, enquanto os padrões Choco-swap serão usados nos modelos Firefly da Nio. Não está claro exatamente como isso funcionará na prática, mas a Nio e a CATL afirmam que "as redes de ambas as partes operarão em paralelo, oferecendo aos usuários de EV uma experiência de troca mais perfeita e eficiente, tornando assim as viagens de BEV mais convenientes".

Isso é muito importante. A falta de padronização das baterias é o inimigo da troca. No resto do mundo, cada fabricante usa seu próprio formato, química e capacidade, o que tornaria a troca um pesadelo logístico. Muitos carros têm literalmente o conjunto de baterias integrado à estrutura do veículo, o que torna a troca quase impossível.

A CATL e a Nio afirmam que o objetivo é continuar a trabalhar em conjunto para criar uma infraestrutura nacional e padrão. Isso vai além das estações de troca em si, mas de toda a logística de back-end de gerenciamento, reciclagem e atualização de baterias. Os dois chamam o esquema de "Chargeable, Swappable, Upgradeable". Em breve, poderá haver todo um ecossistema de carros baratos que poderão ser trocados em poucos minutos.

Foto de: Nio

Nio Firefly EV

É claro que há algumas desvantagens na troca em relação ao carregamento. Já expliquei anteriormente que o uso de uma bateria padronizada prende alguns fabricantes a decisões de projeto específicas que eles não podem mudar, pois precisam acomodar a bateria e trocar o equipamento. No entanto, acho que a conveniência da troca, a tranquilidade que vem com a capacidade de remover e trocar facilmente a bateria e a possibilidade de atualizar a bateria com tecnologia nova e melhor valerão a pena para os compradores de veículos elétricos. 

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