Na década seguinte, o A-12 deu espaço para o SR-71 Blackbird, que atingia velocidade bem próxima, e era difícil de ser detectado por radares inimigos. À época, um míssil disparado a partir do solo dificilmente conseguiria atingir a velocidade desse avião.
Um míssil disparado de outro avião a partir do ar também teria dificuldade em acertar algumas dessas aeronaves. Isso se devia ao fato de que não havia muitos aviões de caça que conseguiam se aproximar dessas aeronaves espiãs devido à sua velocidade.
Um dos mísseis mais avançados da época, o AIM-9 Sidewinder, também não tinha velocidade suficiente para atingir o Blackbird (e nem precisaria, já que ambos foram desenvolvidos pelo governo dos EUA). Ele atinge Mach 2,5, isto é, duas vezes e meia a velocidade do som, que gira em torno de 1.224 km/h no nível do mar.
Quando necessário, o Blackbird atingia 3,2 Mach, ou seja, conseguia fugir desse míssil apenas acelerando ao máximo. Também havia a dificuldade em detectar o Blackbird nos radares, já que ele possuía tecnologia que o tornava praticamente invisível aos equipamentos.
Hoje em dia, já existem mísseis hipersônicos, que ultrapassam os 6.000 km/h, tornando praticamente impossível fugir deles. Entretanto, a tecnologia de utilizar aviões espiões caiu em desuso, com imagens sendo feitas via satélite ou drones, que apresentam um custo bem menor de operação e menos riscos.