A Casas Bahia atribuiu o desempenho à "contínua otimização das despesas", com redução anual de R$384 milhões em gastos com vendas, gerais e administrativas (SG&A). No quarto trimestre, essas despesas recuaram 2,5% ano a ano, para R$1,6 bilhão.
"(O resultado) tem uma tendência de ir melhorando à medida que a gente melhora sequencialmente os resultados operacionais", afirmou o diretor financeiro do grupo, Elcio Ito, à Reuters.
"E a gente precisa avançar ainda mais forte no operacional porque as despesas financeiras podem e devem aumentar pelo aumento das taxas de juros... Então esse é o nosso foco."
O executivo relembrou, no entanto, que as dívidas da companhia foram reperfiladas no ano passado, notando que o primeiro pagamento está marcado para novembro de 2026.
"É um tema para o final do ano que vem em termos de caixa, mas para resultado, vai sendo contabilizada aqui a despesa de juros, colocando um desafio adicional para a gente voltar a gerar lucro, que é o nosso objetivo de fato", afirmou.
O grupo, que também detém a marca Ponto, teve receita líquida de quase R$8 bilhões entre outubro e dezembro, avanço de 7,6% frente ao mesmo período de 2023. As vendas medidas pelo indicador GMV subiram 9,9% no total, com crescimento de 16,1% nas lojas físicas e 17,1% nas vendas mesmas lojas.