Carros icônicos de Fittipaldi vão parar em Portugal após brigas na Justiça

há 5 dias 3

A mostra estará aberta ao público até 22 junho. Os visitantes podem ver de perto modelos como o Copersucar FD01, primeiro carro da única equipe latino-americana na F1, além dos lendários Penske com os quais Fittipaldi venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 1989 e 1993.

Imagem
Imagem: Claudio Larangeira/UOL

Um passado de portas fechadas

Durante anos, os carros ficaram longe dos holofotes. Em 2019, a reportagem do UOL Carros teve acesso exclusivo a um galpão em São Paulo onde cerca de dez veículos estavam guardados sob vigilância, ainda longe de qualquer exposição pública. Eles aguardavam investimento para integrarem o Museu Fittipaldi, que nunca foi aberto ao público. Logo depois, quando o UOL publicou uma reportagem sobre a coleção, começaram as buscas judiciais. Em pouco tempo, vieram intimações judiciais, tentativas de penhora, alegações de fraude e a acusação de que os carros estariam sendo escondidos para evitar a execução de dívidas.

Na época, o curador do acervo, Paulo 'Louco' Figueiredo, dizia estar buscando patrocinadores para montar um museu. Já o advogado de uma das empresas credoras chegou a afirmar que "os carros apareciam apenas em eventos que pagam bem", e que o ex-piloto lucrava com essas exibições.

Ainda assim, uma decisão de 2016 do juiz Rogério Marrone, da 27ª Vara Cível de São Paulo, apontava que parte dos carros não poderia ser vendida ou penhorada, pois foram trazidos ao Brasil mediante um acordo com a Receita Federal que condicionava sua nacionalização à formação de um acervo museológico — o que, na prática, os tornaria "fora do comércio".

Leia o artigo completo