Carro só para rodar: perigosa, venda barata cresce em grupos nas redes

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Carros acessíveis, mas com alto risco

Os veículos presentes nesses grupos variam bastante. Alguns são modelos mais antigos, vendidos entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, enquanto outros, aparentemente bem conservados e mais novos, chamam a atenção - como um Volvo XC60 2015 anunciado por R$ 25 mil. No entanto, o preço baixo frequentemente reflete problemas graves, que vão desde falhas mecânicas até pendências jurídicas.

"Esses carros estão sujeitos à remoção por órgãos de trânsito a qualquer momento," explica o advogado Marco Fabrício Vieira, membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran.

Vieira acrescenta que, mesmo que a compra de um carro irregular não seja uma infração por si só, o uso nas ruas representa um risco contínuo para o condutor. Segundo ele, o proprietário "no papel" é o responsável pelos débitos do veículo, mas o condutor pode acumular pontos em sua carteira por infrações de trânsito, o que pode levar à suspensão ou cassação do documento de habilitação em casos mais sérios.

O Ministério dos Transportes tem observado o esse tipo de transação e reforça que veículos sem licenciamento estão sujeitos à apreensão imediata.

"Quando um carro irregular é apreendido, ele só pode ser retirado após a quitação de todas as dívidas. O problema é que, muitas vezes, o valor das pendências supera o valor do veículo, fazendo com que o proprietário opte por abandoná-lo," afirma a pasta. Nesses casos, o carro é leiloado após um período de 60 dias, e os débitos que não são cobertos pelo valor da venda podem ser cobrados judicialmente.

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