Embora reconheçam o prestígio da Cadillac, alguns revendedores temem que a limitação ao mercado de elétricos possa restringir o público-alvo, especialmente considerando que a infraestrutura de carregamento no Brasil ainda está em desenvolvimento. Além disso, o alto custo dos modelos pode afastar parte dos consumidores interessados em luxo, mas ainda resistentes à eletrificação.
Outro ponto levantado foi a estratégia de distribuição da marca. Segundo os concessionários, as primeiras lojas exclusivas da Cadillac no Brasil devem ser instaladas no Sul do país. Em outros estados, a marca deve ser vendida dentro de algumas concessionárias Chevrolet, com espaços exclusivos para os modelos de luxo.
Esse modelo híbrido de operação pode facilitar a entrada da Cadillac no mercado, enquanto a GM avalia a aceitação da marca antes de expandir a rede de lojas exclusivas.
O que a Cadillac enfrentará no Brasil?
Apesar do prestígio global, a Cadillac terá um grande desafio ao entrar no mercado brasileiro, no qual marcas alemãs como BMW, Mercedes-Benz e Audi dominam o segmento de luxo há décadas. Além disso, os altos preços dos veículos elétricos e a infraestrutura de carregamento ainda em desenvolvimento no país podem ser obstáculos para a rápida adoção dos modelos.
Por outro lado, o crescimento do mercado de carros elétricos e o interesse cada vez maior por SUVs premium podem jogar a favor da GM. Se a Cadillac conseguir oferecer um pacote atraente de tecnologia, desempenho e status, pode conquistar um espaço significativo nesse nicho pequeno.