BYD: fábrica atrasa, mas marca garante produção ainda em 2025

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Com informações de Leonardo Fortunatti - Em construção desde outubro 2023, a fábrica da BYD na Bahia já deveria estar se aproximando do início das atividades. A marca chinesa havia anunciado R$ 5,5 bilhões de investimento para começar a empreitada de montar veículos elétricos e híbridos no Brasil. No entanto, pode ser que os planos atrasem.

A marca já tinha confirmado que os primeiros veículos nacionais seriam produzidos por meio de kits parcialmente montados (SKD) e importados da China. A ideia inicial seria começar em dezembro de 2024, partindo para a produção CKD no começo deste ano. Durante uma visita à fábrica no ano passado, executivos da BYD enfatizaram que a montagem em SKD deveria começar agora em março, logo após o Carnaval, o que não deve acontecer antes de setembro.

Fontes ouvidas pelo Motor1.com Brasil informaram que as denúncias de trabalho escravo dentro das operações de reconstrução da planta da BYD em Camaçari (BA) acabaram por atrasar os cronogramas de produção. O Ministério Público do Trabalho (MPT) iniciou inquérito dentro das obras, que foram terceirizadas pela BYD para a Jinjiang Construction Brazil LTDA. O MPT investiga denúncias de maus tratos e agressões físicas contra os funcionários da Jinjiang.

O que se ventila agora é que o plano de produção de fato no Brasil pode atrasar em um ano. Hoje (27/2), um novo navio da BYD está chegando com mais 5.500 veículos importados da China e é provável que este estoque, que chega com a justificativa estratégica de contornar futuros aumentos nas taxas de importações, também seja reflexo desse atraso. 

BYD - Fábrica em Camaçari (BA)

BYD - Fábrica em Camaçari (BA)

A fábrica da BYD no Brasil

A planta de Camaçari, que foi da Ford até 2023, terá capacidade de quase 150 mil unidades por ano, quando começar a operar. Após pagar R$ 287,8 milhões pelo terreno de 4,6 milhões de m², a BYD iniciou as obras com a construção de 26 novas instalações, com galpões, pista de teste e outras estruturas. A fabricante afirma que não utilizará os prédios que eram da Ford, que serão destinados para os fornecedores se instalarem no local.

Com a montagem local, a BYD afirma que conseguirá ter “preços ainda mais competitivos e, assim, gerar ainda mais oportunidades ao consumidor brasileiro de ter um carro elétrico na garagem.” Os SUVs híbridos da linha Song devem ser os primeiros a aceitar etanol. Mas a marca precisa primeiro iniciar os processos produtivos localmente para atingir tais promessas. Apesar da produção nacional, alguns veículos da BYD devem permanecer sendo importados.

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