"Para mim, o impacto foi gigantesco", conta Mauricio Nishimori, dono do Guinza Sushi, restaurante japonês nos Jardins, bairro da região central de São Paulo. Ele conta que, diariamente, os aplicativos passam a encomendar os pedidos a partir das 11h30. No entanto, nesta segunda-feira, os aplicativos não estavam disponíveis. "Não consegui vender um delivery hoje pelas plataformas", lamenta.
Dono da hamburgueria Sliders, Pedro Facchini também afirma que o dia foi "nulo". "Só tive o movimento do salão", relata. Segundo o empresário, que comanda duas unidades na capital, o iFood "manteve a loja fechada" durante todo o almoço. Isso quer dizer que pedidos sequer foram aceitos pela plataforma. Isso acontece sobretudo para os restaurantes que não contam com entregadores próprios e dependem dos profissionais fornecidos pelos próprios aplicativos.
'Movimento pegou corpo e ficou muito grande'
Segundo Edgar da Silva, presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos do Brasil (AMABR), o movimento na capital paulista reuniu ao menos 5 mil entregadores. O comboio partiu do estádio do Pacaembu, passou pela Avenida Paulista e se dirigiu até a sede do iFood, no município vizinho de Osasco, onde foram recebidos por representantes da empresa.
"Não chegamos ainda à conclusão que a gente queria, mas a gente saiu de lá muito forte. A gente continua com as nossas pautas, e o Breque vai continuar amanhã", afirma Edgar da Silva.