Brasileiro paga em média R$ 30,80 para almoçar fora

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Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o custo médio de um PF teve um aumento de 4,76% em relação ao ano passado

DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Prato feito de linguiça, arroz, feijão, farofa, vinagrete, salada e batata frita

Prato feito de linguiça, arroz, feijão, farofa, vinagrete, salada e batata frita

O tradicional prato feito, ou PF, conhecido por ser uma opção econômica nos restaurantes, não está mais tão acessível. Em várias regiões do país, o preço já ultrapassa os R$ 30. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o custo médio de um PF com uma bebida não alcoólica é de R$ 30,80, um aumento de 4,76% em relação ao ano passado, quando o valor era de R$ 29,40. Comparado a 2022, o aumento é ainda mais significativo, chegando a 18%, já que há dois anos o preço era de R$ 26,10. O diretor-executivo da ABBT, Lucio Capelletto, explicou que a pesquisa, realizada entre março e maio, coincidiu com o desastre no Rio Grande do Sul, que impactou o preço do arroz. No entanto, ele destacou que não há um único fator responsável pelo aumento, mas uma combinação de elementos, incluindo a sazonalidade.

Durante o período da pesquisa, o arroz teve um aumento de 30%, enquanto batatas, verduras e legumes subiram 44%. Refrigerantes e água mineral aumentaram 6,5%, combustíveis como diesel e gasolina tiveram alta de 11%, e os aluguéis de estabelecimentos comerciais subiram 23% em 2023, com previsão de mais 14% em 2024. Além do prato principal e da bebida, se o trabalhador optar por uma sobremesa e um café, o custo médio sobe para R$ 52, um aumento de 10% em relação a 2023. Denis Rezende, dono de um restaurante em São Paulo, afirmou que tem sido difícil não repassar os aumentos aos clientes, pois os custos da matéria-prima estão elevados, e as margens de lucro, apertadas. Ele mencionou que o custo da matéria-prima não pode ultrapassar 30% do valor de venda para que as outras despesas sejam cobertas, mas isso tem sido um desafio.

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A região Sudeste registrou os maiores índices de aumento. Florianópolis lidera com um preço médio de R$ 62,54 para uma refeição completa, seguida pelo Rio de Janeiro e São Paulo, com preços médios de R$ 60 e R$ 50, respectivamente. Para um trabalhador que almoça fora 22 dias por mês, o gasto com alimentação representa entre 21% e 26% do salário médio.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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