Pobreza diminuiu pelos programas sociais e dinamismo no mercado de trabalho. André Simões, analista do IBGE, diz que a renda do trabalho cresceu 7,1% entre 2022 e 2023 e que houve maior abrangência de famílias beneficiadas e de valores transferidos pelo Bolsa Família, o que trouxe efeito sobre os indicadores do IBGE, especialmente sobre a redução da extrema pobreza.
Não houve aumento de desigualdade na renda de 2022 para 2023. O que mostra isso é o índice de Gini (0,518), que manteve o valor de 2022. "Os benefícios de programas sociais impediram que o Gini subisse, já que na hipótese da não existência desses benefícios, o Índice teria passado de 0,548 para 0,555", afirma o IBGE.
Nem todos os brasileiros têm rede de esgoto. 67,9% de toda a população brasileira moravam em domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial, ou fossa ligada à rede. Dentre as pessoas extremamente pobres, a proporção era de apenas 48,4%, e entre os pobres, de 52,4%.
Idade
Número de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam ou trabalhavam atingiu menor taxa desde 2012. O IBGE diz que 10,3 milhões estavam nessa situação, com taxa de 21,2%.
Mulheres têm mais dificuldades de procurar oportunidades no mercado. Em 2023, entre as mulheres jovens que não estudavam e não estavam ocupadas, 76,5% estavam fora da força de trabalho, enquanto, entre os homens, eram 61,7%, uma diferença de 14,8 pontos percentuais, demonstrando a maior dificuldade que elas possuem para ir em busca de uma colocação no mercado de trabalho, em decorrência, principalmente, de afazeres domésticos e cuidados com parentes.