A Bolsa de Valores de São Paulo abriu em ligeira alta de 0,05%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, sobe para 126.200 pontos.
O dólar vem oscilando bastante desde a terça-feira, quando caiu 0,16%, depois de ter disparado 4,5% no acumulado dos cinco pregões anteriores. Fechou ontem a R$ 6,0584. "O estresse observado na taxa de câmbio foi exagerado e por isso devemos observar um movimento de compensação ao longo do mês", diz André Valério, economista sênior do Inter.
A expectativa dele é de que o dólar encerre o ano cotado a R$ 5,80. "Não vemos as condições necessárias para que o real aprecie de maneira consistente", afirma. "Desde então, vemos o câmbio oscilando ao redor dos R$ 6,05, devolvendo uma parte dessa reação inicial, mas ainda reagindo à incerteza do processo da proposta de emenda à Constituição (PEC) no Congresso."
Há uma semana, o governo brasileiro divulgou um pacote de medidas para diminuir seus gastos em R$ 70 bilhões em dois anos. O pacote desagradou os investidores, que acharam o montante insuficiente para reequilibrar as finanças públicas. A ideia de anunciar, ao mesmo tempo, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês também caiu mal no mercado.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães, protocolou ontem à noite dois requerimentos de urgência para o pacote fiscal. As urgências já tinham sido pautadas para a sessão dessa terça pelo presidente do Congresso, Arthur Lira.
Produção industrial
A produção industrial em outubro subiu 5,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e caiu 0,2% ante setembro, quando houve forte expansão de 1,1%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. O mercado esperava alta de 0,1% na comparação com o mês anterior.