A Boeing fez uma "oferta final" ao sindicato IAM (Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais, na sigla em inglês) de 30% de aumento salarial em quatro anos, buscando que os trabalhadores encerrem a greve até a próxima sexta-feira (27).
A empresa deu até o fim do dia de sexta para que os trabalhadores aceitem a proposta que, segundo a Boeing, é a "melhor" que será feita.
Pela primeira vez em 16 anos, mais de 33 mil operários da região de Seattle estão em greve. A paralisação iniciou no dia 13 de setembro e interrompeu a produção de diversos jatos, inclusive do 737 Max, o mais vendido da fabricante.
A greve começou após os funcionários rejeitarem um acordo preliminar com a empresa que previa aumento salarial de 25% em quatro anos e deixava de fora bônus anuais. Entre os trabalhadores que participaram da votação, 95% foram contrários ao acordo.
Agora, a nova proposta da Boeing prevê um aumento salarial maior, reincorpora os bônus anuais, duplica o valor de ratificação do acordo para US$ 6.000 (R$ 33,2 mil) e aumenta a contribuição da empresa aos programas de aposentadoria.
Procurado pela AFP, o sindicato ainda não se pronunciou. O novo acordo deve substituir o anterior, que estava em vigor desde 2008 e foi alcançado após uma greve de 57 dias.