Atividade serviços no Brasil recua em agosto, enquanto pressão de preços se mantém

há 3 meses 15

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil recuou de 56,4 do mês de julho para 54,2 em agosto, conforme pesquisa de atividade do setor divulgada nesta quarta-feira (4) pela S&P Global.

Os entrevistados da pesquisa citaram com frequência aumentos nas vendas, investimentos em marketing digital, captação de novos clientes e tendências positivas de demanda.

O índice principal ficou acima do valor neutro de 50,0 – que separa a contração da expansão – pelo 11º mês consecutivo, mas o resultado do mês indicou o crescimento mais lento desde abril.

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Já o índice composto, que agrega o PMI da indústria, recuou de 56,0 em julho para 52,9 em agosto, em meio a uma nova queda na produção industrial.

Segundo a S&P Global, apesar de o PMI de serviços ter recuado em relação a julho, a confiança nos negócios permaneceu elevada, impulsionando assim a criação de empregos. “A desvalorização do real, secas em partes do país e o efeito duradouro das enchentes no Rio Grande do Sul empurraram as pressões sobre os custos para o seu nível mais alto em mais de dois anos”, segundo a S&P Global.

Com isso, houve um aumento mais acentuado nos preços de venda. A desvalorização cambial e um mercado inflacionado de modo geral foram de longe as razões mais citadas para o aumento das despesas de negócios em agosto, seguidos pelas condições climáticas.

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Para Pollyanna De Lima, diretora associada S&P Global Market Intelligence, a queda no ritmo de crescimento observada entre os provedores de serviços em agosto não é motivo de preocupação imediata, pois as taxas de crescimento continuam historicamente robustas.

“Além disso, um aumento na criação de empregos e um alto nível de confiança nos negócios indicam que essa desaceleração pode ser temporária”, afirmou.

Ela alertou, no entanto, que os altos custos de empréstimos e pressões crescentes sobre os preços poderiam afetar os gastos dos consumidores e os investimentos das empresas. “As pressões sobre os custos não se abrandaram, com a taxa de inflação na verdade subindo para o seu nível mais alto em mais de dois anos”, destacou.

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