Apple vai liberar tecnologia de pagamento por aproximação para outros desenvolvedores

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A Apple abrirá a tecnologia de pagamentos por aproximação em seu iPhone para desenvolvedores de terceiros em vários países, após pressão regulatória de autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia.

Os desenvolvedores terão acesso ao chip NFC da Apple, que alimenta os recursos de pagamento por aproximação, na versão beta de seu novo sistema operacional (iOS 18.1) nos EUA e no Reino Unido, anunciou a empresa em post de seu blog nesta quarta-feira (14).

O recurso também estará disponível na Austrália, no Brasil, no Canadá, no Japão e na Nova Zelândia, "com locais adicionais a seguir", disse a Apple.

Atualmente, apenas os próprios aplicativos da Apple têm acesso ao chip NFC, a tecnologia por trás do Apple Pay e do Apple Wallet. A empresa recebe uma porcentagem das compras com cartão de crédito feitas através do recurso de pagamento por aproximação no dispositivo.

A Apple argumentou anteriormente que restringir o acesso ao chip NFC ao seu próprio serviço de carteira protege a segurança dos usuários.

Para acessar o software e usar o chip, os desenvolvedores terão que firmar um acordo comercial com a Apple, comprometer-se com suas regras de segurança e privacidade e pagar "taxas associadas". A empresa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as taxas.

A decisão vem após a fabricante do iPhone concordar em abrir o acesso ao chip NFC na UE em um acordo com o regulador antitruste do bloco em junho sobre as restrições de acesso ao chip.

Na semana passada, a empresa ofereceu mais concessões na UE em uma outra investigação regulatória sobre as regras da App Store, ajustando como irá permitir que os desenvolvedores direcionem os clientes fora de seus aplicativos para fazer pagamentos.

Folha Mercado

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A questão em torno do chip NFC também surgiu em um processo antitruste abrangente movido pelo DOJ (Departamento de Justiça dos EUA) contra a Apple em março, que acusoua empresa de manter ilegalmente um monopólio de smartphones.

Entre suas alegações, o DOJ disse que a Apple está bloqueando ilegalmente outros provedores de pagamento que poderiam oferecer alternativas ao Apple Wallet. A Apple cobra dos emissores de cartões 0,15% em cada transação com cartão feita através do Apple Pay, disse o DOJ.

O Departamento citou um relatório da Agência de Proteção Financeira do Consumidor dos EUA que estimou que o Apple Pay facilitou US$ 200 bilhões em transações no país em 2022.

Embora a empresa não divulgue quanto ganha com serviços financeiros, a receita em sua divisão de serviços —que inclui o Apple Pay— registrou crescimento de dois dígitos e atingiu um novo recorde histórico no último trimestre.

A entrada da Apple no espaço de pagamentos não foi totalmente tranquila. A empresa está no processo de encerrar sua parceria de cartão de crédito e conta poupança com o Goldman Sachs. No início deste ano, a Apple também anunciou que estava cancelando seu serviço de "compre agora, pague depois" apenas um ano após o lançamento nos EUA.

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