Suframa quer regulamentação ESG específica para a região. Meta é transformar Zona Franca no polo industrial mais ESG do mundo.
Isso obviamente precisa ser trabalhado, conversado com as indústrias, mas há um desejo da atual gestão de criar talvez o polo industrial mais ESG do planeta. Isso é um sonho nosso, talvez a gente consiga iniciar esse processo de regulamentação a partir do ano que vem. Só precisamos saber o caminho adequado de fazê-lo sem representar mais um problema para as indústrias, mas uma inovação que vai atrair ainda mais negócios para a Zona Franca.
Luiz Frederico Aguiar, superintendente adjunto executivo da Suframa
Certificação ESG
Duas indústrias do polo possuem certificação ESG. Segundo Régia Moreira, conselheira e coordenadora da Comissão Cieam de ESG, as companhias que possuem o documento são a BIC e a Visteon. Moreira diz que outras indústrias estão no processo de certificação, como a Impram (Impressora Amazonense), empresa da qual é dona.
Minha empresa já tem pacto firmado, mas ainda não concluímos, porque a jornada é longa. Eu fiz o meu [inventário de carbono] e me assustei. Já mudei todos os carros: ou vão ser carros elétricos, ou [movidos] a etanol. Não uso mais nenhum outro combustível fóssil.
Régia Moreira, coordenadora da Comissão Cieam ESG
Combate à desigualdade regional
A Zona Franca de Manaus, como o nome denuncia, está localizada na capital do Amazonas e é um polo industrial criado em 1957. No início, o objetivo era ser um porto livre destinado ao armazenamento, beneficiamento e retirada de produtos do exterior. Em 1967, a Zona Franca foi reformulada e passou a ter como papel principal diminuir desigualdades regionais — e é esta data que se comemora o aniversário de criação da região, segundo a Suframa.