Embora o mercado interno tenha crescido 15%, a produção de veículos deverá registrar uma alta de 10,7% em 2024, com 2,574 milhões de unidades fabricadas no Brasil. Esse crescimento, no entanto, não foi suficiente para acompanhar a alta nas importações, que se elevaram em 31,5%, especialmente com o aumento das vendas de modelos estrangeiros, principalmente os provenientes da China. Quanto aos asiáticos, Márcio Lima liga o alerta e diz que o excesso de estoque no país não é saudável para o negócio.
Os veículos importados representam 17,4% dos emplacamentos, o maior índice registrado nos últimos dez anos, o que, segundo a Anfavea, tem gerado um desequilíbrio na balança comercial do setor. Para 2025, a previsão é de um aumento de 6,8% na produção de veículos, alcançando 2,749 milhões de unidades, com a alta concentrada nos veículos leves.
Geração de empregos
Em dado no comunicado da Anfavea, o setor automotivo também teve um impacto significativo na geração de empregos no Brasil. Em 2024, a cadeia produtiva de veículos criou cerca de 100 mil postos de trabalho, com um total de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos.
A Anfavea prevê que o ciclo de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e produção, estimado em R$ 130 bilhões, continue a gerar mais empregos nos próximos anos. Além disso, a expectativa é de que o setor de alta qualificação, incluindo funções em pesquisa e desenvolvimento, seja um dos principais beneficiados.