Em junho, Collboni anunciou um plano para encerrar todos os aluguéis de curta temporada até 2028, a fim de conter o aumento exorbitante dos aluguéis para os moradores de Barcelona. A medida está sendo contestada nos tribunais.
O Airbnb argumentou em sua carta que nenhuma das medidas anteriores de Barcelona, que impuseram limites rígidos às novas licenças de acomodação turística no centro da cidade desde 2014, provou ser eficaz.
"Uma década depois, dados oficiais mostram que, embora o número de aluguéis de curto prazo tenha caído, os desafios relacionados à habitação e ao excesso de turismo estão piores do que nunca", afirmou a companhia.
A empresa citou dados oficiais que mostram que os aluguéis de longo prazo aumentaram mais de 70% e o preço médio de um quarto de hotel subiu mais de 60%, mesmo com a redução do número de casas de aluguel de curto prazo, que caiu para 8.842 no ano passado, metade do número de 2020.
Também argumentou que a Espanha construiu menos casas na última década do que em qualquer outro período desde 1970, apesar do aumento acentuado na demanda, e ainda apontou dados oficiais que mostram que o número de imóveis desocupados em Barcelona supera os aluguéis por temporada em oito para um.
"Políticas que abordem a questão (de imóveis desocupados) têm maior probabilidade de aumentar a oferta de moradias vagas do que limitar o Airbnb", disse a empresa, acrescentando que removeu mais de 7 mil anúncios na plataforma desde 2018 em Barcelona.