Vírus alienígena, meteoro que vai nos matar: por que espaço inspira teorias

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No longo prazo, algum objeto celeste grande nos atingirá, a menos que possamos redirecioná-lo. A responsabilidade pela preparação para isso começa conosco.

Se preparar, no entanto, também traz riscos. Daniel Deudney, professor de ciência política da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, alertou que as tecnologias usadas para a defesa planetária podem não apenas desviar os asteroides para longe da Terra, mas também trazê-los em direção a ela como uma ferramenta em um conflito militar.

Conforme explica em seu livro Dark Skies, a solução de Deudney é reverter, regular e abandonar a maioria das atividades humanas no espaço por vários séculos. Quanto mais agirmos no espaço, ele acredita, maior será a probabilidade de os Estados entrarem em um conflito catastrófico. “Evitar o desastre da civilização e a extinção de nossa espécie agora depende de discernir o que não fazer e, em seguida, garantir que não seja feito”, escreve ele.

Em última análise, Deudney argumenta que a exploração espacial chegou cedo demais e que devemos reverter o processo até estarmos prontos. Dito isso, ele acredita que ainda podemos precisar de alguma forma de defesa planetária, mas que ela pode ser limitada.

Ficar em compasso de espera por séculos, no entanto, é uma escolha improvável. As chances de um impacto de um asteroide podem ser muito altas. E o interesse político na exploração espacial é, neste momento, irreversível.

O medo do espaço cresceu junto com os programas espaciais. As preocupações com os impactos de asteroides e com o excesso de militarização se apoiam em medos mais profundos sobre o espaço, como o desconhecido. No entanto, elas também se baseiam em preocupações com o lado autodestrutivo da Humanidade.

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