Trump impõe tarifa de 145% sobre importações chinesas

há 1 semana 2

Produtos chineses importados pelos Estados Unidos serão alvo de uma tarifa total de 145%, afirmou a Casa Branca nesta quinta-feira (10) à imprensa americana. O percentual é resultado da soma da taxa anunciada por Donald Trump na quarta, de 125%, a uma tarifa de 20% aplicada no início do ano.

Em uma ordem executiva divulgada nesta quinta, o presidente americano determinou também a elevação da tarifa de importação pacotes de menor valor da China —como compras na Shein e na Temu. Agora, esses itens sofrerão uma taxação de 120%, 30 pontos percentuais acima dos 90% anunciados anteriormente.

Os índices acionários já voltaram a cair em resposta à mais uma mudança na política tarifária do republicano.

Na quarta, Trump justificou a decisão de elevar as tarifas à China como resposta ao anúncio de Pequim de aplicar uma sobretaxa de 84% aos produtos americanos, na mesma proporção aplicada antes por Trump. A retaliação chinesa começa a valer nesta quinta.

Mas, em entrevista, Trump repetiu que não descarta um acordo com a China nem um encontro com o líder chinês Xi Jinping, a quem classificou como "uma das pessoas mais inteligentes do mundo", que "sabe o que tem que ser feito"

"Acho que o presidente Xi é uma cara muito inteligente e acho que vão acabar fazendo um ótimo acordo para os dois [países]", disse no Salão Oval da Casa Branca.

Na quarta, o americano também anunciou a decisão de pausar as tarifas recíprocas —sobretaxas com índices mais elevados— sobre todos os outros países por 90 dias e aplicará no lugar a tarifa global de 10%, na qual o Brasil está inserido.

Canadá e México serão os únicos isentos da taxação linear porque os países foram alvo de alíquotas de 25% sobre boa parte dos seus bens, anunciadas em fevereiro por Trump, que seguem valendo. Os impostos de 25% para importação aos EUA de aço e alumínio também permanecem em vigor.

As mudanças no "tarifaço" foram anunciadas pelo presidente na sua plataforma Truth Social e depois comentadas pelo republicano e seus aliados ao longo do dia.

Segundo jornais americanos, foi a volatilidade do mercado interno e externo, incluindo a liquidação de títulos do Tesouro americano, que levou Trump a recuar nas taxas. O presidente foi alertado por parlamentares sobre o risco de recessão e a queda contínua de bolsas pelo mundo.

Questionado porque mudou a posição anterior de "não pausar" as tarifas, o republicano afirmou que algumas pessoas estavam ficando "nervosas, assustadas".

Leia o artigo completo