Trump diz que Meta 'provavelmente' eliminou checagem por causa de suas ameaças

há 20 horas 1

O presidente eleito Donald Trump afirmou a jornalistas nesta terça-feira (7) que a Meta "provavelmente" mudou sua política de checagem de fatos em decorrência de ameaças feitas pelo próprio republicano no passado.

A empresa foi uma das que suspenderam a conta de Trump nas redes sociais depois dos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, ocorridos após o político insistir num discurso de que houve fraude eleitoral.

O republicano já disse acreditar que a companhia e seu CEO, Mark Zuckerberg, "conspiraram" para sua derrota em 2021. O presidente eleito avaliava que o recurso de verificação de fatos tratava postagens de usuários conservadores de forma injusta. Em um livro publicado neste ano, o republicano fala em prender Zuckerberg se ele fizesse "algo ilegal novamente".

Nesta terça, questionado por jornalistas em Mar-a-Lago, Trump diz que, com a decisão, a Meta "evoluiu bastante". Afirmou ainda que assistiu à entrevista de um executivo da empresa e a considerou impressionante.

A companhia, dona do Facebook e do Instagram, anunciou nesta terça um conjunto de mudanças em suas práticas de moderação de conteúdo que efetivamente colocariam fim ao seu programa de checagem de fatos de longa data, uma política instituída para conter a disseminação de desinformação em seus aplicativos.

Em vídeo no qual comentou a decisão, em sua conta no Instagram, o CEO da empresa também atacou "decisões secretas" de tribunais latino-americanos. Sem citar o STF explicitamente, Zuckeberg diz que governo americano precisa ajudar a combater o que está sendo feito pelo Judiciário na região.

"Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa", disse ele.

"Os fact checkers foram muito enviesados e destruíram mais verdade do que criaram, especialmente nos EUA. Vamos nos livrar dos checadores", afirmou ele, definindo a eleição de Donald Trump como um ponto de virada para a liberdade de expressão.

A reversão da política de anos é um sinal claro de como a empresa está se reposicionando para o novo governo Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro.

Por fim, na segunda-feira (6), Zuckerberg anunciou que Dana White, chefe do UFC e um aliado próximo de Trump, se juntaria ao conselho da Meta.

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