Tripulante de barco que foi do Brasil para a Argentina não tem Mpox

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O exame de um tripulante de uma embarcação proveniente do Brasil que chegou à Argentina com sintomas de Mpox deu negativo para a doença nesta quarta-feira (21), de acordo com o Ministério da Saúde do país. Ele está com varicela (catapora).

O navio Ina-Lotte, com bandeira da Libéria (África), partiu do porto de Santos com destino ao Puerto San Lorenzo, na província argentina de Santa Fe. O tripulante, de nacionalidade indiana, apresentou lesões cutâneas no tronco e no rosto e foi isolado. O sintoma é comum tanto em casos Mpox quanto de varicela.

A varicela é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus varicela-zoster, mais comum entre crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil. A transmissão acontece por contato com o líquido das lesões, pela tosse, espirro, saliva ou objetos contaminados pelo vírus

Autoridades argentinas embarcaram no navio na noite desta terça-feira (20) para testar toda a tripulação, que ficou em quarentena até que saíssem os resultados. A embarcação continuará interditada até cumprir com as regras do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), protocolo que previne a propagação internacional de doenças infecciosas.

"O Ministério da Saúde continua priorizando ações de vigilância epidemiológica para a detenção, diagnóstico precoce, atenção adequada e implementação de medidas de isolamento e rastreio de possíveis casos", escreveram em nota as autoridades argentinas. "Também foram reforçadas as recomendações segundo as diretrizes do RSI para emitir alertas frente a suspeitas em todos os pontos de entrada de fronteira."

Detalhes obtidos pelo jornal local Clarín apontam que a origem do barco era a Europa. Ele teria deixado o Atlântico Norte no dia 12 de julho após entrar em um porto da Rússia, um em Amsterdã, e navegar pela França, Noruega e Reino Unido. Chegou ao Brasil no dia 26 do mesmo mês, onde esteve cerca de nove dias. Depois, navegou pela costa do Uruguai até a Argentina.

Até o momento, a Argentina não registrou casos da nova variante da Mpox, doença viral declarada uma emergência de saúde pública global na semana passada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A cepa se espalhou pela República Democrática do Congo e países vizinhos como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, chegando à Suécia.

Oito casos da antiga variante da doença ocorreram no país em 2024, a maioria em pessoas que estavam viajando ou tiveram contato com alguém que estava. Nenhuma morte foi registrada.

O primeiro registro argentino de Mpox é de 2022. Desde então, o país teve ao menos 1.157 casos e duas mortes, todos da cepa antiga.

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