O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta sexta-feira (17) que a equipe econômica deve apresentar um projeto de reforma sobre a renda em 2025, na segunda etapa da reforma tributária.
Na quinta-feira (16), em cerimônia no Palácio do Planalto da qual Haddad participou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, principal bandeira da gestão Haddad no Ministério da Fazenda nesses dois primeiros anos de governo.
“Nós queremos entregar um projeto o mais redondo possível. E certamente vai ser objeto de debate no Congresso Nacional. Se aprovado neste ano, isso vai valer para 2026”, disse Haddad, em entrevista à CNN Brasil, na tarde desta sexta.
“Temos de corrigir as distorções, assim como fizemos com o imposto sobre o consumo. Queremos buscar justiça e neutralidade, um jogo de ganha-ganha. Vamos fazer isso com cautela, como fizemos com o imposto sobre o consumo”, assegurou o ministro.
Ainda de acordo com Haddad, a renda no Brasil “também tem problemas graves” e “o Imposto de Renda (IR) não é tão progressivo quanto deveria ser”.
“Pessoas que hoje não pagam terão de pagar um pouco mais. Não posso antecipar a medida que o presidente vai encaminhar para o Congresso porque nós sempre procuramos apresentar antes aos parlamentares, por uma questão de deferência. Isso tem funcionado muito bem”, disse.
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Regulamentação da reforma sobre o consumo
Haddad celebrou a sanção da reforma tributária sobre o consumo e disse que “o Brasil vai ter uma alíquota média equivalente aos países desenvolvidos”. “Obviamente, a alíquota máxima, em função das exceções, cresce. A alíquota que conta é a média”, afirmou o ministro.
“A partir de 2027, o Brasil vai figurar entre os melhores sistemas tributários do mundo, um dos mais justos e um dos mais eficazes, inclusive para combater sonegação e colocar a alíquota média no padrão internacional”, concluiu Haddad.